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DICA DE UMA PARISIENNE: MUSÉE DU QUAI BRANLY


Créditos: Divulgação


Palais Galliera! É o museu que sempre aparece nos livros e guias de museus de moda na França. Essa é a 3ª vez que vou a Paris, e passo pelo museu e nem sinal de exposição!

Pois bem, nesse dia peguei o metro, fui até os fundos do museu ver se encontrava alguém para pedir informação, e entender o motivo de nunca pegar o museu aberto... Era tardinha, e estava saindo uma senhorinha, lembro até da roupa, uma saia longa preta e malha cinza, levando sua bicicleta vintage!


Fui conversando com ela enquanto ela me explicava que o museu só funcionava 2 vezes ao ano e quando tinha exposições especiais. Ela viu que fiquei desapontada, contei a ela que era brasileira e tal, dai ela falou que teve um estilista brasileiro que expôs lá, era japonês... "zummmmm" e eu "Nakao"? "Ouiii", disse ela, e eu super contente, pois o Jum é meu estilista brasileiro preferido!

Ela me recomendou que eu fosse ao Musée du quai Branly, que tinha um acervo de arte primitiva e era perto dali, cerca de 15 minutos!

O museu é realmente incrível, o projeto é do premiado arquiteto francês Jean Nouvel (responsável pelo projeto do Instituto do Mundo Árabe e a Torre Agbar, em Barcelona) e fica nas margens do rio Sena.

A visita é uma verdadeira volta ao mundo, começando pela Oceania, Ásia, África e América. O piso do museu é de cores diferentes, simbolizando o caminho que devemos percorrer entre os diversos artefatos expostos que dividem-se em esculturas, objetos do quotidiano, trajes e adereços corporais.

Créditos: Musée du quais Branly

Esse vestido túnica do Egito, por exemplo, é uma roupa de casamento confeccionada em algodão e seda. Bordada com pérolas, simbolizando o sol em cores brilhantes, associadas ao deus do sol, chamado Amon-Rá.

Diversos povos representavam simbologias através dos bordados nas roupas, essas iconografias eram passadas de geração em geração para transmitir os conhecimentos e preocupações de antigos habitantes de áreas isoladas para seus descendentes. Essa linguagem era expressada através de vários tipos de desenhos.

Créditos: Musée du quais Branly

Este "look" por exemplo, é uma roupa de casamento de origem Chinesa. Feita em algodão e tingida com índigo, que é uma tintura cujo perfume repele insetos. As peças também tinham aplicação de "batik", cuja técnica de tingimento utiliza cera para impermeabilizar a parte que não será tingida. Na parte impermeabilizada são feitos diferentes motivos decorativos.

Indumentária Chinesa do início do século feita em algodão e tingida com índigo | Créditos: Musée du quais Branly

Bom, então fica a dica para quem for a Paris incluir esse museu ao roteiro. Reserve duas horas para ver o acervo com calma e aproveite a experiência!

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