Eu estava refletindo sobre isso quando estava fazendo uma relação com minha forma de vestir.
Meu estilo é básico quase minimalista, minha cartela de cores é neutra e embora tenha cores que me beneficiam eu escolho usar o preto.
Essas escolhas estão de acordo com o meu lifestyle, as atividades do meu dia e também da minha família: ao usar preto eu posso colocar todas as roupas da família na máquina de lavar, após na máquina de secar e neste caso eu não preciso ficar separado peças, exceto quando são de alguma fibra delicada como linho, seda ou lã.
Deste modo, para mim faz sentido usar esse tipo de cor e as peças que compõem meu estilo, aqui é uma questão maior ao estilo, minha identidade e claro a ideia que quero passar ao me vestir, afinal tudo comunica.
Voltando a esse raciocínio eu vejo que ainda existe uma necessidade de se falar mais sobre o design em si e sua função quando uma roupa é criada.
Nos cursos de design de moda não há o entendimento de que uma roupa é um item de design, até porque essa relação de moda e design foi estabelecida há pouco tempo no Brasil.
Eu sou formada em Moda e Estilo, então essas questões eu não aprendi na faculdade, aprendi após pesquisando e estudando sobre design.
A questão da sustentabilidade deveria estar mais atrelada ao design também, não só ao restante do produto como é trabalhado hoje, mas deveria seguir as premissas do design: form follows function, o forma segue a função.
Se ao criar algo o designer trouxesse um pensamento de que essa roupa, acessório ou objeto deve ser algo funcional, que seja feito para servir da melhor forma o usuário e não apenas ter um apelo estético.
Poucas ou raríssimas as marcas que conseguem unir esses conceitos hoje, um exemplo claro é o nicho fitness, uma roupa de corrida tem todas as funcionalidades possíveis e inimagináveis.
Agora desafio você designer a buscar criar algo inovador e inusitado, pensando na sua persona e em como pode surpreender com algo original e que tenha uma funcionalidade que vá além do vestir!
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