
Escrever tem sido terapêutico pra mim. Inclusive a escrita é uma forma de terapia prescrita por vários profissionais da área da saúde e desenvolvimento pessoal e eu já venho há um tempo escrevendo algumas reflexões mas com uma certa vergonha de postar. Se você quer saber mais sobre, já te indico o livro "O caminho do artista" que ensina romper nossos bloqueios e despertar nosso potencial criativo, vou deixar o link aqui.
Mas voltando, resolvi que mudaria a minha forma de transmitir nas redes sociais, para ser mais específica, no instagram. Lá não é mais o lugar de falar sobre técnica, estamos lá para nos distrair, então eu reformulei todos os meus canais com o intuito de organizar cada tema dentro de uma "caixinha".
Então o Francys Saleh é esse blog é o lugar onde vou falar sobre reflexões, vou trazer alguns debates e insights que acontecem nas minhas aulas, mentorias e consultorias...
Também vou trazer algo que tenha feito eu refletir que vi no instagram de alguém ou algum direct que recebi.
Hoje o conteúdo é tão volátil, fazendo uma referência ao que o sociólogo Bauman fala em modernidade líquida, que eu fico pensando, por mais que exista essa fluidez, se eu parei um tempo para refletir, pensar, desenvolver aquele raciocínio, levar isso pro instagram e perder isso em um story de 24 horas, prefiro me dedicar um tempo maior e transformar isso em uma reflexão. Ajudando 1, 2 pessoas a também refletirem, já estarei no lucro.
Venho aprendendo que expor minhas vulnerabilidades tem ajudado muito mais do que dar uma diquinha de moulage.
No YouTube tenho mais de 130 aulas gratuitas de moulage, as dicas estão lá. Livros de moda? Produzi também mais de 100 vídeos sobre esse assunto, falei de toda minha biblioteca. Conteúdos para quem quer estudar moda? Tenho feito aulas ao vivo com diferentes conteúdos. O acesso aos conteúdos técnicos está aí! Basta um ''pesquisar"dentro do meu canal ou aqui no blog.
E então com isso eu percebi que tenho ajudado muito mais quando uma pessoa que admira o meu trabalho, percebe que estou no mesmo caminho que ela, ou seja, se eu consegui, essa pessoa também consegue e isso hoje pra mim tem sido mais importante. Compartilhar minha trajetória e inseguranças, pois tenho muitas, inclusive me expor nessas reflexões.
Claro que passa pela minha cabeça coisas do tipo: será que não estou sendo "tosca", será que alguém vai ler... ou pior, tenho uma insegurança absurda por morar em uma cidade pequena e saber de pequenas fofocas por algo que eu disse... o pior ainda é que isso acontece dentro da minha família. Mas aí? Vou deixar esses medos tomarem conta?
E a reflexão e analogia com isso tudo vem da questão dos nossos medos e desafios. Agora pela manhã recebi uma mensagem de uma seguidora falando sobre o sonho de trabalhar como estilista. Mas ela já tem 38 anos.
Eu não costumo romantizar nada, mas uma coisa que tenho visto acontecer é um número absurdo de mulheres (e homens) fazendo transição de carreira.
A pandemia trouxe inúmeros aprendizados sobre a urgência da vida, a nossa busca por propósito . E outro movimento que tenho percebido é que as novas gerações que estão entrando no mercado hoje, esqueceram alguns princípios básicos da vida, então esse mix de gerações tem sido importante no mercado de trabalho, mais do que nunca.
Eu realmente acredito nisso e se tem algo que eu precise fazer para continuar sem a sensação de estar defasada (e que quero confessar que pensava muito sobre isso, principalmente antes de entrar no digital) é estar constantemente aprendendo e estudando, entender e estar em contato com as gerações mais jovens, entender como se relacionam... cuidar da minha saúde, meu bem precioso e que preciso cuidar para poder cuidar da minha filha, da minha família, trabalhar sempre e realizar meus sonhos profissionais.
Então eu penso nisso quando leio essas mensagens.
Também falei no story que compartilhei hoje que tinha alguns sonhos antigos e resolvi resgatar:
Sempre quis correr uma maratona, então ano passado corri meia maratona, o que foi um desafio absurdo, pois além de estar destreinada, o máximo que eu tinha corrido em provas eram 5 km.
Completei a prova dentro de um tempo satisfatório, mas a falta de treino e conhecimento fez com que estourasse uma bolha que me deixou quase um mês parada.
Engraçado que em nenhum momento aquela bolha me deixou chateada, ao contrário, ela foi o aprendizado que eu precisava para que isso jamais acontecesse novamente, também foi a lembrança de que fiz algo que não acreditava que seria capaz e o mais engraçado quando cheguei no hospital para trocar o curativo, fui tratada como alguém que havia feito algo sobrenatural, pois os enfermeiros me parabenizaram pelo feito. Comentei isso com minha amiga que também correu comigo e ela disse que teve a mesma situação quando comentava com amigos.
Então aqui não é só sobre o que os outros pensam, mas se você se arriscar, sair da sua zona de conforto, coisas incríveis acontecem, claro que podemos nos "machucar" pelo caminho, mas o que seria melhor? eu ter trocado essas horas de treino pelo Netflix? Não ter participado da prova e ficar na esperança de que talvez um dia?
Outro aprendizado recente foi agora em 2023. Um sonho antigo da Francys de 14 anos era ser faixa preta em Taekwondo. Havia parado na faixa vermelha ponta preta, faltava uma faixa pra preta!
Resolvi que treinaria e cumpriria essa etapa, primeiro pra não ficar com aquela sensação de algo na terminado e segundo, aprendi tantas coisas com o TKD pra vida e queria muito continuar com essa atividade pra vida.
Comecei a treinar há pouco tempo e como os chutes são específicos e alguns devem ser altos, 2 semanas antes do exame lesionei a perna esquerda... a que eu chuto melhor. Treinei o restante das semanas com ela doendo, no dia do exame foi pedido pelo mestre que fizéssemos o nosso melhor, mais de 100% se possível. O que aconteceu? Lesionei a perna direita no mesmo chute, só que tinha um exame pela frente e na hora da luta me lesionei mais ainda, a ponto de ter dificuldade para caminhar.
Comecei um tratamento com antiinflamatórios e esses dias começou uma dor no dente siso. O antiinflamatório camuflava a dor, e agora quando parei o tratamento comecei a sentir dores absurdas, fiquei sem conseguir atender as alunas da mentoria e precisei trocar uma aula ao vivo.
Entende que sempre teremos reações às nossas ações? é inevitável, mas cabe a nós olharmos cada uma dessas causas e efeitos e tirar o melhor aprendizado.
Estou falando do esporte, mas poderia falar sobre minhas experiências profissionais, o quanto alguns ambientes, chefes, colegas fizeram com que eu amadurecesse, o quanto algumas situações vividas que eu não gostaria de ter passado me machucaram, feriram, mas contribuíram para que eu estivesse aqui hoje?
Acho que o importante é nos expormos para que haja sempre evolução, assim como uma escada, precisamos subir degrau a degrau, pois é pra isso que estamos aqui, não é?
Se você leu até o final, me envie uma mensagem no insta? Pode ser um emoji... ou apenas um "eu li". De verdade é importante pra mim.
Um beijo!